segunda-feira

Florais: remédios para a alma

“Enquanto nossas almas estiverem em harmonia
com nossas personalidades,
tudo será alegria e paz, felicidade e saúde.
O conflito surge quando nossas personalidades
são desviadas do caminho estabelecido por nossas almas,
seja por causa dos nossos desejos terrenos,
seja pela persuasão de outras pessoas.
Este conflito é a base da doença e da infelicidade”.
(Edward Bach)


               As flores eram usadas na cura de doenças e de limpeza energética desde a Antigüidade, mas o método de empregar essências florais com a intenção de transmutar pensamentos, emoções e atitudes específicas foi desenvolvido na década de 30, pelo médico inglês Edward Bach. Numa época em que a humanidade estava preocupada com o sofrimento físico, a convulsão política, a devastação econômica e a ascensão do nazismo e do fascismo, Dr. Bach – como ficou então conhecido – voltou-se para a cura da alma humana, a fim de eliminar as emoções destrutivas. Ele entendeu que a verdadeira saúde está baseada na conexão de nossa vida e destino com um propósito maior. “Em cada um de nós há dois elementos - disse Dr. Bach - a Alma, que é a nossa essência, o nosso núcleo, e que é imortal, por fazer parte dessa energia universal, e a nossa Personalidade, que é temporal e material. Ambos têm de estar em harmonia. Se houver uma ruptura nessa harmonia, rompe-se a corrente energética positiva, essa sintonia entre a Alma e a Personalidade e surgem os opostos: o egoísmo, a ignorância, a insegurança, o mal-estar, a infelicidade, o desequilíbrio, o orgulho, o ódio, a crueldade, ou seja, os aspectos negativos do ser humano, acontecendo, assim, a enfermidade que, mais cedo ou mais tarde, se manifestará no nível material: no corpo”.
O médico enfatizava que a doença é conseqüência do pensamento e da ação e, essencialmente, o efeito da luta entre a mente e a alma. “A doença é o resultado do conflito que surge quando a personalidade se recusa a obedecer os ditames da alma e há desarmonia entre o Eu Espiritual ou Superior e a personalidade inferior, que é como nos conhecemos” .
                 Infelizmente, nem sempre a personalidade atende aos desejos da alma, por acreditar que não podem ser aceitos ou realizados ou, ainda, porque não tem condições, sequer, de reconhecer sua existência.
Para exemplificar, apresentaremos duas situações: na primeira, a pessoa tem forte vibração do vermelho - como desejo da alma - e do rosa, nos talentos ( ver capítulo dois). Ouvindo o anseio da alma, ela quer montar uma loja de departamento. Entretanto, uma educação defeituosa, onde não foi legitimada como indivíduo capaz e realizador, ou traumáticas experiências na infância – a falência do negócio do pai ou da mãe, por exemplo – geram a reação de medo, de insegurança, de inquietude e de falta de coragem. Esses pensamentos e sentimentos negativos, acionados pelo Gênio Contrário, bloqueiam o impulso energético da alma e anulam o potencial de realização pessoal. A segunda situação mostra uma pessoa com o mesmo anseio vibracional – montar uma loja de departamento –, mas que não consegue fazer a conexão com o desejo da alma, porquanto ela não escuta ou não acredita no “Eu Espiritual”. Neste caso, a personalidade fica sem rumo e sem objetivo na vida.
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos, os indivíduos ficarão frustrados e infelizes, vulneráveis ao meio e às ações das demais pessoas, tornando-se susceptíveis aos mais variados sintomas físicos doentios.
               A ação dos Florais de Bach – como entendemos – consiste em abrir os canais para que a personalidade
espiritualize-se, acate e harmonize-se com o desejo da alma. No primeiro caso, o indivíduo percebe sua atitude negativa e procura substituí-la pelas qualidades positivas da vibração de sua alma – a coragem, o destemor, a independência, a autoridade, a liderança e o ardor. No segundo, a personalidade procura fazer a conexão com a alma, iniciando a mudança construtiva através da espiritualidade que harmonizará o “Eu Espiritual”, e a conduzirá ao entendimento e cumprimento de sua missão.
             Do ponto de vista de muitos esotéricos, algumas doenças são o veículo de sofrimento da personalidade e servem para as almas reformarem o carma na existência atual. Acrescentam, ainda, que, se este fato for reconhecido e aceito, consciente ou inconscientemente, a situação se modificará. A alma reconhece o sentido mais profundo de tudo o que acontece e entende sua verdadeira missão - sentirá paz, poder e segurança emanados da fonte do Amor Universal.
Aceitamos que muitas almas venham a este mundo com o propósito de amenizar ou mesmo eliminar carmas negativos de existências anteriores e atinjam o objetivo – apesar de todo sofrimento – pois desde cedo, buscam e jamais se afastam da espiritualidade. Entretanto, também entendemos que, como as vibrações do Gênio Contrário – resquícios de outras vidas – podem permanecer bastante fortes, algumas almas sentem-se incapazes de fazer frente a elas; reagem com medo porque também perderam a conexão com o seu Anjo Instrutor ( ver capítulo sete ). Elas esqueceram da lei, segundo a qual todo o desenvolvimento espiritual desencadeia a ativação, não só de vibrações construtivas, brilhantes e positivas, mas, também, do seu contraposto: das negativas, escuras e destrutivas. Também esqueceram que possuem uma vibração poderosa – ao que chamamos de Força – que as une diretamente ao divino para ajudá-las a seguir o Caminho escolhido e completar sua missão. Essas almas, sentindo-se desamparadas, podem desistir e deixar o corpo ainda jovem: por suicídio ou por uma doença grave, muitas vezes, prolongada, que fatalmente levará à morte. Ou, quando a escolha não for a desistência, alma e personalidade nutrir-se-ão de ira, de ódio, de vingança e de atos bárbaros – comprometendo o mundo e afetando o Todo.

AUTOMEDICAÇÃO

              As flores usadas pelo médico inglês são de uma ordem mais elevada, que encarnam certa qualidade da alma, isto é, apresentam determinada freqüência da energia da alma. Assim, os Remédios Florais do Dr. Bach atuam como catalisadores, restabelecendo o contato da personalidade com a alma. A decisão de usá-los implica um processo intenso de autoconhecimento. Muitas vezes, a flor que menos parece ter alguma relação com a vibração da alma, é exatamente a necessária.
          Não existem duas personalidades iguais e tampouco existem duas situações idênticas. Todas as reações são individuais e relacionam-se com o grau de espiritualidade e o desejo de realizar mudanças, assim como o desejo de buscar a perfeição. Bach enfatizava “que a mesma perturbação pode apresentar conseqüências diferentes em diferentes pessoas. Os resultados individualizados é que precisam ser tratados, porque são o guia para se atingir a verdadeira origem da doença...”. Ele intuiu, ainda, que cada parte do corpo, afetada pela doença, não o é por mero acaso, “ mas está de acordo com a lei de causa e efeito, tornando-se um guia para nos ajudar...”.O médico argumentava: “Se você sofre de enrijecimento de um membro ou junta, pode ficar igualmente certo de que possui enrijecimento mental, de que está rigidamente sustentando alguma idéia, algum princípio, algum conceito que não deveria ter”. “Procure o conflito mental mais evidente no paciente – ensinava o Dr. Bach -, dê-lhe o remédio que o ajudará a superar tal falha, bem como todo o encorajamento e esperança que puder, e deixe que a virtude curativa existente no interior do próprio paciente faça o resto”.
           Se você tiver alguma dificuldade em escolher seu próprio remédio, siga o método que o médico empregava pergunte-se quais falhas das outras pessoas que mais lhe causam aversão? Bach ensinava: qualquer falha da qual você ainda tiver algum traço e está tentando especialmente erradicar é o que você mais odeia ver nas outras pessoas.
             Mesmo que não se consiga fazer o diagnóstico inteiramente correto da própria condição, mal algum acarretará o Floral, já que, se a freqüência de uma flor não for a adequada para aquele momento, a alma entenderá e não deixará que ela se incorpore em seu sistema vibratório. Os florais não têm contra indicação, não causam overdose ou efeitos colaterais – podem ser receitados até para bebês. Entretanto, em hipótese alguma, o uso do floral deve substituir a consulta médica e o tratamento alopático. Sempre que precisar consulte o médico e o psicólogo ou psiquiatra. Os Remédios
Florais do Dr. Bach podem ser tomados concomitante a qualquer tratamento.
             Quase todas as doenças são precedidas por um período de alteração no estado de ânimo. “Essa é a hora de tratarmos de nossos problemas, de nos reajustarmos e impedirmos que a perturbação prossiga”, ensinava o médico. Por isso, não é necessário sentir-se fisicamente doente para fazer uso dos Remédios Florais de Bach. Eles podem e devem ser utilizados nos períodos em que passamos por dificuldades, quando mais facilmente nos deixamos influenciar pelo Gênio Contrário que rege as vibrações negativas de nossas cores pessoais. Os Florais são essenciais para restaurar a fé e a harmonia entre a alma e a personalidade, antes que os sintomas físicos apareçam.
            Leia atentamente as características dos 38 florais e liste as essências que julgar indicadas para você. Entre elas, escolha seis, no máximo, que podem ser colocadas em um único frasco. Tome quatro gotas – diretamente da pipeta, que não deve ter contato com a boca – quatro vezes ao dia ou oito gotas pela manhã e oito gotas à noite. Muitas vezes, uma flor, corretamente escolhida, exercerá um efeito mais profundo do que seis essências diferentes usadas de uma só vez. Esses remédios podem ser encontrados em farmácias de manipulação.


A CURA

             “Nossa vitória sobre a doença dependerá: primeiro, da compreensão da nossa Divindade interior e de nosso poder conseqüente de superar tudo o que está errado; em segundo lugar, do conhecimento de que a causa básica da doença é a desarmonia existente entre a personalidade e a Alma; em terceiro, de nossa vontade e capacidade de descobrir a falha que está causando tal conflito...”
            Esta afirmação, feita pelo médico inglês há mais de meio século, foi cada vez mais compreendida pela medicina holística e os Remédios Florais de Bach tiveram reconhecimento internacional a partir da década de 70. O enfoque holístico da doença, da cura e da saúde baseia-se no conceito da perfeita Unidade de todas as coisas e da total Unicidade de todo o sistema contido em seu interior. Atrás da diferenciação e da aparente complexidade de um processo existe unidade e para percebê-la é necessário não apenas objetividade, percepção e capacidade de captar o Todo, mas, também, é fundamental ter fé e sentir-se parte desse Todo. Muitos médicos já observaram o poder de cura daqueles que têm fé e os cientistas desenvolveram estudos relacionados ao cérebro para buscar a comprovação.
          Os Remédios Florais de Bach ajudam-nos a restabelecer o contato da personalidade com a alma e desta com o seu propósito e missão. Eles não eliminam a doença, mas, como ensinou o médico, “substituem a falha pela virtude oposta” e “a cura final e completa vem de dentro, da própria Alma, que, através de sua bondade, irradia harmonia por toda a personalidade, quando se permite que assim seja”.
O processo de cura acontece de forma diferente para cada indivíduo em particular. Nas personalidades mais sensíveis, o contato da vibração da flor com a alma torna-se aparente em poucas horas: as feições suavizam, irradiando a calma trazida pelo alívio interior. Outras, mais tensas e irritadiças, poderão reagir com mudanças acentuadas no estado de espírito.
              As pessoas abertas ao mundo não-físico bem como as espiritualizadas responderão mais depressa ao tratamento do que as céticas. Aquelas que já apresentam doenças crônicas, estabilizadas na psique, terão um retorno mais lento. Indivíduos com moléstias incuráveis podem sentir a mudança energética: uma nova atitude diante da realidade, com maior tranqüilidade e paz de espírito. Entretanto, existem aqueles que, mesmo tendo rápida melhora, tempos depois voltam a apresentar os mesmos ou novos sintomas. Esse fato pode acontecer porque estão “apegados” à doença ou porque não cultivam a paciência a fim de levarem o tratamento pelo tempo apropriado o qual pode durar de dois a vinte e quatro meses. Entretanto, não devemos desanimar, mas levar em consideração vários fatores: algumas pessoas, não compreendendo o desejo da alma, realmente não querem livrar-se da doença, que pode trazer benefícios, como exercer poder sobre os outros, despertar simpatias ou evitar responsabilidades. Outras precisam de um tempo maior para aprender com a doença. Pensemos sobre os ensinamentos de Edward Bach: “Não estamos todos aprendendo a mesma lição ao mesmo tempo. Um está dominando o orgulho; outro, o medo; outro o ódio e assim por diante, mas o fator essencial para a saúde é que aprendamos a lição que nos foi destinada”.
               Se você tiver dificuldade em “sentir” qual missão veio realizar, estude novamente todas as suas vibrações e procure ouvir sua alma. Se esta missão lhe parecer difícil, busque a Força junto ao seu Anjo Instrutor, ele também pode ajudar na escolha dos Florais. Ligue-se com ele, através do ritual e da prece indicados no final do capítulo doze.


Vá para o Capítulo 14


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